Lenda
Urbana – Folclore Moderno - 9ºs anos
Lendas urbanas (Loira do Banheiro, Homem
do Saco, A brincadeira do copo)
"Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que
toda a nossa vã filosofia".
William Shakespeare
FOLCLORE
Entende-se por folclore o conjunto de
crenças, lendas, festas, superstições, artes e costumes de um povo. Tal conjunto
normalmente é passado de geração a geração por meio dos ensinamentos e da
participação real dos festejos e dos costumes. De origem inglesa, o folclore é
uma palavra originada pela junção das palavras folk, que significa povo; e
lore, que significa sabedoria popular. Formou-se então a palavra folclore que
quer dizer sabedoria do povo.
O folclore assume grande importância na história
de todos os povos, pois por meio desse conjunto pode-se conhecer a antiga
cultura e a formação da cultura presente nos dias de hoje. Dentre as
características que possui é possível identificar os fatos folclóricos a partir
do anonimato, já que todos os componentes folclóricos são de autoria
desconhecida; da aceitação coletiva, já que cada pessoa absorve a essência folclórica
e a repassa aos outros a partir de seu entendimento próprio; e da transmissão
oral, já que antigamente não havia meios de comunicação como na atualidade.
Para manter vivo o folclore típico de cada região existem datas específicas
para a realização dos festejos e artes.
Lendas urbanas, mitos urbanos ou
lendas contemporâneas são pequenas histórias de caráter fabuloso ou
sensacionalista, amplamente divulgadas de forma oral, por e-mails ou pela
imprensa e que constituem um tipo de folclore moderno. São frequentemente narradas
como sendo fatos acontecidos a um "amigo de um amigo" ou de
conhecimento público.
Muitas delas já são bastante antigas,
tendo sofrido apenas pequenas alterações ao longo dos anos. Muitas foram mesmo
traduzidas e incorporadas a outras culturas. É o caso, por exemplo, da história
da loira do banheiro, lenda urbana brasileira que fala sobre o fantasma de uma
garota jovem de pele muito branca e cabelos loiros que costuma ser avistada em
banheiros, local onde teria se suicidado ou, em outras versões, sido
assassinada.
Outras dessas histórias têm origem
mais recente, como as que dão conta de homens seduzidos e drogados em espaços
de diversão noturna que, ao acordarem no dia seguinte, descobrem que tiveram um
de seus rins cirurgicamente extraído por uma quadrilha especializada na venda
de órgãos humanos para transplante.
Transmitida pela tradição oral, a lenda
urbana é uma narrativa simples e curta, tal como a folclórica. Ambas são, por
excelência, produtos inacabados, à espera de alguém que faça uma mudança aqui
ou ali no enredo.
Não é à toa que alguns personagens
aparecem em lendas contadas nos quatro cantos do país, só que em diferentes
contextos e com estilos e marcas. Por exemplo, são muitas as moças bonitas e
loiras presentes no imaginário popular: a do Banheiro, a do Cemitério do Bonfim
e a da Estrada.
Outra característica marcante do subgênero é que, tal como
ocorre com a lenda folclórica, quem conta a urbana precisa se esforçar para
convencer o interlocutor de que se trata da mais pura verdade. Porém essa é uma
tarefa difícil, já que o narrador quase nunca vive o personagem (embora sempre
saiba onde e quando o fato ocorreu). É o primo de alguém distante ou o amigo do
amigo, por exemplo, que desobedeceu aos pais e foi levado pelo Homem do Saco.
Assim, é comum encontrar durante a narração expressões como: "Sei que é
difícil acreditar, mas juro que é verdade".
Muitas vezes, também são somados à
história elementos e acontecimentos do cotidiano da comunidade local.
Alguns mitos ficam gravados para sempre no imaginário popular. Quem
nunca teve medo de bebericar um drink desconhecido e acabar sem um dos rins
numa banheira com gelo? Quando pequenos, apertávamos a descarga do banheiro
diversas vezes gritando palavrões, simplesmente para poder conhecer nossa musa:
a loira do banheiro com seu algodão no nariz. Ainda existem lendas urbanas
midiáticas, estas ficam no limite entre a verdade e a mentira, criando cultos e
seguidores. E.T. de Varginha, Chupa-Cabras e são
algumas delas.
Elas ultrapassam décadas sendo espalhadas com pequenas alterações, como
diz a sabedoria popular: “quem conta um conto aumenta um ponto”. Algumas foram
traduzidas e fazem parte da cultura de vários países, como no caso da loira do
banheiro, lenda que causa arrepios em pessoas de todas as idades até hoje. A
história é sobre uma doce garota que teria se suicidado ou sido assassinada
dentro de um banheiro, então, com sua alma presa ao sanitário, às vezes resolve
aparecer e assustar quem está fazendo suas necessidades.
A maioria destas lendas urbanas são baseadas em fatos reais, mas acabam
sendo distorcidas ao longo do tempo. As características principais deste tipo
de literatura são:
•
História sempre pequena, buscando o máximo de leitores
com uma estrutura de fácil entendimento.
•
Busca autenticidade por meio de fatos, locais reais,
personagens conhecidos e provas.
•
Todos que as contam geralmente dizem ter ouvido de
alguém conhecido e procuram dar veracidade ao fato como se tivesse realmente
vivido.
Entre as lendas urbanas famosas no Brasil destacam-se:
•
A loira do banheiro
•
A loira da estrada
•
Passageira fantasma
•
O roubo do rim
Confira:
Questione quais lendas urbanas os alunos
conhecem e peça como tarefa de casa que conversem com os pais, os avós ou
conhecidos mais velhos sobre quais lendas do repertório popular assombrava-os
quando crianças. Se possível, peça para que eles utilizem um gravador ou mesmo
o celular para gravar a narrativa.
Lendas urbanas (Loira do Banheiro, Homem
do Saco, A brincadeira do copo)
Essa é sem dúvida a lenda mais conhecida da
lista, já tinha ouvido diversas versões diferentes em diversos estados
diferentes ( em Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Bahia e Espirito Santo, em
cada lugar é uma história diferente …) dessa mesma lenda, mas no final, a base
era quase sempre a mesma. Uma aluna (algumas vezes uma professora) loira e
muito bonita que aparece nos banheiros dos colégios assustando os estudantes
que matam aula. Uma constate em todas as versões é o algodão, a Loira está
sempre envolta nele, ou com ele saindo de suas feridas, olhos e ouvidos.
Algumas versões a retratam como um professora que foi assassinada por alunos
revoltados, que não satisfeitos, a torturaram fazendo cortes profundos em sua
pele e enfiando algodão nas feridas. Em outras versões ela é uma aluna que
morreu no banheiro da escola enquanto matava aula (às vezes devido a um
escorregão que terminava com sua cabeça na privado, outras vezes ela morria
sufocada com um mau cheiro que saía do ralo, bizarro mesmo!), após sua morte,
seu espirito passou a ficar vagando pelos banheiros assustando os alunos que
matam aula como ela fazia, nesse caso o algodão é referente aos tufos que os
médicos enfiam no nariz, boca e ouvidos dos mortos por conta das
secreções post mortem. Há ainda quem diga que pode-se invocar a
Loira do Banheiro dando descarga três vezes, depois chutando o vaso uma vez e
por fim virando-se rapidamente para o espelho. Outras vertentes dizem que basta
falar 5 vezes Maria Sangrenta na frente do espelho à meia noite.
A brincadeira do copo – Brasil , América do
Norte, Europa
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A brincadeira do copo |
Junto com a Loira do Banheiro,
essa é outra das mais famosas, até porque muitos dos que estão lendo isso agora
já devem ter “brincado” de
invocar espíritos com um copo alguma vez durante sua adolescência. A
lenda em torno dela (fora a própria efetividade da brincadeira) é a de um grupo
de amigos que resolveu fazer a famigerada brincadeira durante uma festa, um
deles era descrente e só de sacanagem resolveu perguntar se alguém naquela mesa
iria morrer recentemente, a resposta foi sim e logo em seguida o copo (em
algumas versões ele é substituído por uma lapiseira) se estilhaça na frente de
todos. Algum tempo depois, eles ficam sabendo que o rapaz cético que não
“respeitou” o espírito havia morrido num acidente de carro.
O Homem do Saco – Brasil, Europa
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O homem do saco |
Derivada dos mendigos que permeiam todas
as cidades, essa lenda é
usada pelas mães para assustar os meninos malcriados que saem para brincar
sozinhos na rua.Um De acordo com ela, um velho malvestido, e com um
enorme saco de pano nas costas, anda pela cidade levando embora as crianças que
fazem “arte”. Em algumas versões, o velho é retratado realmente como um
mendigo, outras ainda o apresentam como um cigano; creio que isso dependa da
região do país onde ela é contada. Há ainda versões mais detalhadas (entendam
como cruéis) em que o velho (mendigo ou cigano) leva a criança para sua casa e
lá faz sabonetes e botões com elas.
A Noiva de Marília
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A noiva de Marília |
Existem
na verdade, várias versões da história, mas nenhuma delas pôde ser
históricamente comprovada. Eu não a vi, não estava lá, mas uma amiga, voltando
da faculdade, de Marília-SP para a cidade de Ocauçú, distante 30 ou 40
quilômetros, teve a desagradável experiência, que conto a seguir...
Vamos
aos fatos históricos:
Na estrada entre Ourinhos e Marília existem duas serras, a estrada foi
remodelada em meados dos anos 70, mas até os dias de hoje vitima muita gente com
suas curvas sinuosas e abismos.
Em
1962, uma jovem mariliense (a cidade era conhecida ainda por "Alto
Cafezal") estava para se casar. O casamento seria em Ourinhos. No carro,
um Bel-Air, estava ela, jovem radiante, e o motorista, na verdade, seu cunhado,
que se dispôra a dirigir naquele dia tão importante. Caía a noite, na estrada
velha, haviam curvas muito fechadas e estreitas, o despenhadeiro era fatal,
pedras, devido a humidade do solo, frequentemente barravam a estrada. Já
trajada com o vestido branco, a moça se dirigia feliz ao seu casamento. Ao
passar pela primeira serra, porém, um velho caminhão, ao desviar de uma
barreira, invadiu a pista contraria. Distraídos, na noite de lua clara, não
houve tempo para muita reação, o jovem num desvio brusco, saiu da estrada, restando
apenas o despenhadeiro... Ambos morreram instantaneamente. Anoiteceu, o noivo à
espera na catedral se tornava impaciente, ligou para a casa dos sogros, estava
a empregada, que nada sabia...
Acreditou
que ela havia desistido e fugira... Pernoitou inconsolado em Ourinhos, alguns
convidados também ficaram... Na manhã do outro dia, o frio do inverno, a
neblina da altitude... Estranhamente um carroçeiro que passava pelo local
avistou, cerca de duzentos metros abaixo, o carro preto, destroçado. Chamou a
polícia rodoviária, e em poucas horas o luto tomou conta de ambas as
famílias... Esse fato ocorreu em agosto de 1962, foi um inverno frio, até para
quem morou lá! Acredita-se que a noiva não se deu conta que morreu, que sobe
todas as noites de agosto, inverno, com lua clara, o barranco que há tantos
anos lhe tirou a vida, aborda pessoas suceptíveis na estrada, apenas em busca
de uma carona para Ourinhos, para seu casamento, em um círculo triste e
infindo...
Voltando
às lendas, vários moradores de arredores relataram detalhadamente o
acontecimento, dentre elas essa minha amiga que não tem o costume de mentir, e
pelo seu trauma, não tenho dúvidas que ocorreu... Ao passar pela primeira serra
entre Marília e Ourinhos, em noite de lua clara, avista-se uma jovem, um pouco
suja e bastante aflita pedir carona, ninguém que eu saiba, se atreveu a parar.
Ela então surge no banco traseiro do veículo, não diz absolutamente nada,
apenas o perfume floral e sua pele branca e cabelos negros são visíveis. O frio
toma conta do recinto, ela age como que aliviada, sem muitos movimentos, porém
perfeitamente nítida. Na violenta curva a seguir, saindo da primeira serra,
simplesmente desaparece. Dezenas de caminhoneiros pelo Brasil atestam o
que lhes estou contando, procurem em registros de jornal (AGOSTO 1962) na biblioteca
de Marília, só evitem viajar pala BR ao cair da noite, principalmente numa
noite de lua clara de inverno.
O que isso tem a ver com artes?!? É folclore
urbano….faz parte da nossa cultura, entendeu?
Para maiores detalhes reveja as apresentações do prezi:
http://prezi.com/jeyigspynxk7/lenda-urbana/
Para maiores detalhes reveja as apresentações do prezi:
http://prezi.com/jeyigspynxk7/lenda-urbana/
oi Lu é o Balthazar do 9o A eu não consegui te entregar o caderno vou fazer a atividade nele mesmo e te entrego semana que vem com a capa já feita
ResponderExcluiraté lá