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CONSUMINDO ARTE- 3º BIMESTRE 9ºS ANOS- ARTE FIGURATIVA E ABSTRATA - OP ARTE E POP ARTE

CONSUMINDO ARTE - 9ºS ANOS

" Nas relações entre imagens e palavras predomina a complementaridade." Lucia Santaella





Depois de conhecer as produções e as intenções dos artistas, pode-se observar que artes não é produto de um ser com mente privilegiada, a produção artística é uma prática social e cultural que apresenta em si o espelho da época e as suas condições de produção. Vamos adiante na história da arte para compreendê-la melhor.


Vídeo Arte Abstrata e Arte Figurativa

ARTE FIGURATIVA
A pintura figurativa representa temas como pessoas, objetos como um vaso ou uma garrafa, um animal, uma flor, uma paisagem, etc. Ela pode ser realista ou estilizada. O Renascimento, o barroco, e o realismo, são exemplos de estilos artísticos onde o figurativo realista, a capacidade de mimese (imitação) do pintor contava muito. Estilos mais recentes como o impressionismo e o expressionismo também são figurativos, porém menos preocupados com o que podemos chamar de fotorrealismo ou a representação "correta" dos objetos.


                                                   

ARTE ABSTRATA

Pintura abstrata não se preocupa em representar objetos, ela se expressa por si
Arte Abstrata 
 mesma, ela em si é um objeto de arte, não a representação de algo, um tipo de ilusão para o mundo, como a arte figurativa. Porém, tanto a pintura figurativa como a pintura abstrata, podem expressar estados emocionais.




OPTICAL ART - OP ART

Op Art

O termo foi incorporado à história e à crítica de arte após a exposição The responsive eye (O olhar compreensivo, MoMA/Nova York, 1965), para se referir a um movimento artístico que conhece seu auge entre 1965 e 1968. Os artistas envolvidos com essa vertente realizam pesquisas que privilegiam efeitos óticos, em função de um método ancorado na interação entre ilusão e superfície plana, entre visão e compreensão. Dialogando diretamente com o mundo da indústria e da mídia (publicidade, moda, design, cinema e televisão), os trabalhos da op art enfatizam a percepção a partir do movimento do olho sobre a superfície da tela. Nas composições - em geral, abstratas - linhas e formas seriadas se organizam em termos de padrões dinâmicos, que parecem vibrar, tremer e pulsar. O olhar, convocado a transitar entre a figura e o fundo, a passear pelos efeitos de sombra e luz produzidos pelos jogos entre o preto e o branco ou pelos contrastes tonais, é fisgado pelas artimanhas visuais e ilusionismos.

POP ART

Pop Art  é uma escola que utiliza em suas representações pictóricas imagens e símbolos de natureza popular. Originado particularmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, este movimento foi assim batizado em 1954, quando o crítico inglês Lawrence Alloway assim o denominou, ao se referir a tudo que era produzido pela cultura em massa no hemisfério ocidental, especialmente aos produtos procedentes da América do Norte.
Alguns criadores, inspirados no movimento dadaísta liderado por Marcel Duchamp, decidiram, em fins dos anos 50, se apropriar de imagens inerentes ao universo da propaganda norte-americana e convertê-las em matéria-prima de suas obras. Estes ícones abundantes no dia-a-dia do século XX detinham um alto poder imagético.
A Pop-art representava um retorno da arte figurativa, contrapondo-se ao Expressionismo alemão que até então dominava a cena artística. Agora era a vez da cultura em massa, do culto às imagens televisivas, às fotos, às histórias em quadrinhos, às cenas impressas nas telas dos cinemas, à produção publicitária.



ARTE PARA O CONSUMO

Ironicamente, a Pop Art, que desejava mostrar a relação de impessoalidade das figuras públicas e dos produtos de consumo, transformou em arte o que era considerado comum. Assim, estimulou o aumento do consumo que tanto criticava. Podemos citar, por exemplo, as sopas Campbell's, cujas embalagens foram reproduzidas por  Andy Warhol, considerado um dos principais expoentes da Arte Pop americana.






Andy Warhol nasceu em 1928, em Pittsburgh, nos Estados Unidos. Tímido, estudou arte no Liceu de Schenley e no Museu Carnegie, onde já não aceitava as regras acadêmicas estabelecidas. Também frequentou a universidade, no Instituto de Tecnologia Carnegie, onde os seus trabalhos lhe conferiram um prêmio e ume menção honrosa em desenho ao final do curso. Em 1949, mudou-se para Nova Iorque e foi contratado pela revista Glamour. Em seguida, passou a desenhar anúncios para a publicidade de moda. Em 1952, realizou a sua primeira e bem sucedida exposição. Nove anos depois, lançou a sua primeira obra em série, usando as latas da sopa Campbell's como tema. Era uma pessoa muito versátil, produziu filmes, discos e shows do grupo de rock Velvet Underground. Criou a revista Interview, passou a apoiar jovens artistas em início de carreira, foi apresentador de programas em canais de televisão a cabo e escreveu a sua autobiografia The Philosophy of Andy Warhol, publicada em 1975. Morreu em 1987, em Nova Iorque.




Os rótulos e embalagens não são classificados como obras de arte, mas devemos considerar que a atitude artística está presente no trabalho do designer profissional que cria uma forma singular com intencionalidade, utilizando elementos com os quais estamos familiarizados.

Normalmente, é a aparência de uma embalagem que ajuda na decisão da compra. O criador do rótulo da embalagem de um produto tem a intenção objetiva de chamar a atenção do consumidor.

A imagem publicitária experimentou um desenvolvimento notável em São Paulo, entre 1900 e 1930, em rótulos, logomarcas, anúncios e embalagens. Artistas anônimos, em sua maioria imigrantes italianos e espanhóis, foram os responsáveis pela produção de imagens de extrema qualidade comunicativa e técnica. 


Para maiores detalhes, não deixe de rever a apresentação da aula:

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