ARTE CONTEMPORÂNEA

Pablo Picasso criou ‘Bull’ no Natal de 1945. ‘Bull’ é um conjunto de onze litografias que se tornaram uma master class em como desenvolver uma obra de arte do acadêmico ao abstrato. Nesta série de imagens, todas resultantes de uma única peça, Picasso disseca visualmente a imagem de um touro.
A Arte Contemporânea ou Arte Pós-Moderna é uma tendência artística que surgiu na segunda metade do século XX, mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial, por isso é denominada de arte do pós-guerra. A Arte Contemporânea se prolonga até aos dias atuais, período esse denominado de pós-modernismo, propondo expressões artísticas originais a partir de técnicas inovadoras. Do latim, o vocábulo “contemporanĕu” corresponde a união dos termos “com” (junto) e “tempus” (tempo), ou seja, significa que ou quem do mesmo tempo ou época. Utilizamos essa palavra como adjetivo para indicar o tempo presente, atual.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o novo panorama é caracterizado pelo avanço da globalização, cultura de massa e o desenvolvimento das novas tecnologias e mídias. Nesse panorama, a arte oferece novas experiências pautadas principalmente, nos processos artísticos em detrimento do objeto, ou seja, na ideia em detrimento da imagem. Nesse sentido, a arte contemporânea prioriza principalmente, a ideia, o conceito, a atitude, acima do objeto artístico final. O objetivo aqui é produzir arte, ao mesmo tempo que reflete sobre ela.
Foi dessa maneira que a Arte Contemporânea rompeu com alguns aspectos da Arte Moderna. Ela abandonou diversos paradigmas e trouxe valores para a constituição de uma nova mentalidade. Ao mesmo tempo ela abriu espaço para diversidade de estilos, perspectivas, técnicas e abrangência de linguagens artísticas (dança, música, moda, fotografia, pintura, teatro, escultura, literatura, performances, happenings, instalações, videoarte, etc.). Em outras palavras, a mudança da era industrial (moderna) para a era tecnológica da Informação e Comunicação (contemporânea), proporcionou mudanças significativas no campo da cultura e das artes.
Principais Características
As principais características da arte contemporânea são:
- Sociedade da informação, tecnologia e novas mídias;
- Subjetividade e liberdade artística;
- Efemeridade da arte;
- Abandono dos suportes tradicionais;
- Mescla de estilos artísticos;
- Utilização de diferentes materiais;
- Fusão entre a arte e a vida;
- Aproximação com a cultura popular;
- Questionamento sobre a definição de arte;
- Interação do espectador com a obra;
Arte Conceitual
(Inicia-se na década de 1960)
-
Para os artistas conceituais, a arte deixa de ser puramente visual e passa a ser considerada como idéia e pensamento; O conceito (a idéia) é fator predominante da obra – é mais importante que técnica ou acabamento;
-
Influência direta dos ready-mades de Marcel Duchamp;
-
Possibilidade de delegar a produção (a realização material) a outra pessoa;
-
Utilização de diversas linguagens, por vezes ao mesmo tempo; (happening, performance, land art, body art, fotografias, vídeos, objetos)
Joseph Kosuth
(1945)
Joseph Kosuth. (American, born 1945). One and Three Chairs. 1965.
Para os artistas conceituais, a arte deixa de ser puramente visual e passa a ser considerada como idéia e pensamento; O conceito (a idéia) é fator predominante da obra – é mais importante que técnica ou acabamento;
Influência direta dos ready-mades de Marcel Duchamp;
Possibilidade de delegar a produção (a realização material) a outra pessoa;
Utilização de diversas linguagens, por vezes ao mesmo tempo; (happening, performance, land art, body art, fotografias, vídeos, objetos)
Performance
- Linguagem artística baseada na prática teatral, que pode estar aliada a outras linguagens (dança, música, pintura, escultura, instalação, fotografia, vídeo), mas que NÃO conta com a participação do público – este é apenas observador em relação à proposta do artista;
- Desafiam as relações entre arte/não- arte; cotidiano e obra;
O reencontro de Marina Abramovic e Ulay
Marina Abramovic é uma artista performática que iniciou sua carreira no início dos anos 70 e manteve-se em atividade desde então. Considera-se a “avó da arte da performance". Seu trabalho explora as relações entre o artista e a plateia, os limites do corpo e as possibilidades da mente.
Nascida na Iugoslávia, Abramovic teve uma infância bem difícil, com pais comunistas e heróis de guerra (Segunda Guerra Mundial) e pouco afeto maternal. Formada e pós-graduada em Belas Artes, suas performances começaram nos anos 70. Brincadeiras com facas (Rhythm 10), deitar no meio de uma estrela de fogo (Rhythm 5), ficar sob efeito de drogas controladas (Rhythm 2), se colocar à disposição dos espectadores (Rhythm 0) – era assim que ela mostrava a relação humana consigo e com os outros.
Em 2010 foi realizada uma exposição no MOMA, Museu de Arte Moderna de NY, que ocupou todos os seus seis andares com a retrospectiva da carreira da artista. Foi lá que sua apresentação mais marcante aconteceu: ela ficou durante os três meses de exposição disponível ao público – quem quisesse chegava e passava um minuto de silêncio sentado olhando para Marina (ela passou mais de 700 horas sentada numa cadeira sem se mexer) – intitulada O Artista Está Presente.
Durante 12 anos Marina Abramovic e Ulay formaram um casal genial completamente diferente do padrão que estamos acostumados, com parcerias artísticas do início ao fim, tendo um adeus ímpar no término da relação.
Happening
O happening (traduzido do inglês, "acontecimento") é uma forma de expressão das artes visuais que, de certa maneira, apresenta características das artes cênicas. Neste tipo de obra, quase sempre planejada, incorpora-se algum elemento de espontaneidade ou improvisação, que nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação.
Apesar de ser definida por alguns historiadores como um sinônimo de performance, o happening é diferente porque, além do aspecto de imprevisibilidade, geralmente envolve a participação direta ou indireta do público espectador. Para o compositor John Cage, os happenings eram "eventos teatrais espontâneos e sem trama".
O termo happening, como categoria artística, foi utilizado pela primeira vez pelo artista Allan Kaprow, em 1959. Como evento artístico, acontecia em ambientes diversos, geralmente fora de museus e galerias, nunca preparados previamente para esse fim.
Para mais detalhes, reveja a aula apresentada em sala de aula:
- Linguagem artística baseada na prática teatral, que pode estar aliada a outras linguagens (dança, música, pintura, escultura, instalação, fotografia, vídeo), mas que NÃO conta com a participação do público – este é apenas observador em relação à proposta do artista;
- Desafiam as relações entre arte/não- arte; cotidiano e obra;

O reencontro de Marina Abramovic e Ulay
Marina Abramovic é uma artista performática que iniciou sua carreira no início dos anos 70 e manteve-se em atividade desde então. Considera-se a “avó da arte da performance". Seu trabalho explora as relações entre o artista e a plateia, os limites do corpo e as possibilidades da mente.
Nascida na Iugoslávia, Abramovic teve uma infância bem difícil, com pais comunistas e heróis de guerra (Segunda Guerra Mundial) e pouco afeto maternal. Formada e pós-graduada em Belas Artes, suas performances começaram nos anos 70. Brincadeiras com facas (Rhythm 10), deitar no meio de uma estrela de fogo (Rhythm 5), ficar sob efeito de drogas controladas (Rhythm 2), se colocar à disposição dos espectadores (Rhythm 0) – era assim que ela mostrava a relação humana consigo e com os outros.
Em 2010 foi realizada uma exposição no MOMA, Museu de Arte Moderna de NY, que ocupou todos os seus seis andares com a retrospectiva da carreira da artista. Foi lá que sua apresentação mais marcante aconteceu: ela ficou durante os três meses de exposição disponível ao público – quem quisesse chegava e passava um minuto de silêncio sentado olhando para Marina (ela passou mais de 700 horas sentada numa cadeira sem se mexer) – intitulada O Artista Está Presente.
Durante 12 anos Marina Abramovic e Ulay formaram um casal genial completamente diferente do padrão que estamos acostumados, com parcerias artísticas do início ao fim, tendo um adeus ímpar no término da relação.
Happening
O happening (traduzido do inglês, "acontecimento") é uma forma de expressão das artes visuais que, de certa maneira, apresenta características das artes cênicas. Neste tipo de obra, quase sempre planejada, incorpora-se algum elemento de espontaneidade ou improvisação, que nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação.
Happening
O happening (traduzido do inglês, "acontecimento") é uma forma de expressão das artes visuais que, de certa maneira, apresenta características das artes cênicas. Neste tipo de obra, quase sempre planejada, incorpora-se algum elemento de espontaneidade ou improvisação, que nunca se repete da mesma maneira a cada nova apresentação.
Apesar de ser definida por alguns historiadores como um sinônimo de performance, o happening é diferente porque, além do aspecto de imprevisibilidade, geralmente envolve a participação direta ou indireta do público espectador. Para o compositor John Cage, os happenings eram "eventos teatrais espontâneos e sem trama".
O termo happening, como categoria artística, foi utilizado pela primeira vez pelo artista Allan Kaprow, em 1959. Como evento artístico, acontecia em ambientes diversos, geralmente fora de museus e galerias, nunca preparados previamente para esse fim.
Para mais detalhes, reveja a aula apresentada em sala de aula:
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