Imagin-arte - Arte e Tecnologia - 8ºs Anos
"Que as técnicas se adaptem à nossa própria natureza. Só assim os sonhos se convertem em matéria na obra do artista." Mário Cravo Júnior
Arte e Tecnologia
Em geral, os meios tecnológicos não são desenvolvidos para atender às necessidades da arte. Entretanto, o ser humano criador, um ser aberto para o diálogo com o seu tempo, apropria-se de tais recursos como meios para a sua produção artística.
Isso se deu com a gravura, que por muito tempo não teve valor comercial, por propiciar a repetição da imagem, e com outros meios não tradicionais de produção e reprodução de imagens, como a fotografia, a xerografia e a informática.
Xerografia
A máquina fotocopiadora chegou ao mercado entre 1960 e 1970, para atender às necessidades dos escritórios, que precisam reproduzir documentos.
Alguns artistas perceberam a sua potencialidade para o processo de reprodução da imagem. É o caso de Hudinilson Urbano Júnior que gerou várias produções artísticas, deitando-se sobre uma fotocopiadora e tirando cópias do próprio corpo.
Performance de Hudinilson Urbano Júnior |
Fotografia
A fotografia, assim como os meios tradicionais de representação da imagem, tem linguagem própria. É considerada produção artística quando a ação e a intenção do fotógrafo vão além da captação da imagem. Isto é, quando o fotógrafo manipula as possibilidades técnicas da linguagem para imprimir a sua opinião sobre o tema apresentado, para suscitar sentimentos e pensamentos no fruidor (aquele que usufrui, faz proveito).
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Primeira foto tirada por Niepce |
Como surgiu a fotografia
Os irmãos franceses Jean Niceforo e Claude Niepce são os primeiros a relacionar a imagem realizada com luz e uma câmera escura. Mas eles não foram os únicos investigadores desta atividade, em que pese que foram os únicos a chegar ao fim de esta prática.
Niepce e Louis-Jacques Mandé Daguerre iniciaram suas pesquisas em 1829. Dez anos depois, foi lançado o
processo definitivo.
Foto de pássaros no fio publicada no 'Estado' vira música
Publicitário e músico, Jarbas Agnelli visualizou partitura na imagem captada pelo fotógrafo Paulo Pinto
Tudo começou com a foto de pássaros pousados nos fios de luz de uma rua feita pelo repórter fotográfico do Estado Paulo Pinto, de 49 anos, no interior do Rio Grande do Sul. Uma cena normal, dependendo do olhar. Para o paulistano Jarbas Agnelli, de 46 anos, a imagem "soou" como música. Notas numa partitura foram o que lhe pareceram as aves nos fios de alta tensão. Publicitário e músico, Agnelli recortou a foto publicada no Estado na quinta-feira passada e, naquela noite, no estúdio de sua casa, começou a compor com base nas notas que enxergou na imagem.
Os trinta Valérios
Valério Octaviano Rodrigues Vieira nasceu em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, em 1862 e faleceu em São Paulo, em 1941. Primeiramente, desenvolveu os seus estudos nas áreas da música e, depois, dedicou-se à fotografia. Em 1894, mudou-se para São Paulo onde lançou a moda dos "retratos de formatura", cultivados principalmente pelos bacharéis da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Seu estúdio era frequentado pelos principais políticos da época.
Em 1904, produziu o famoso autorretrato Os 30 Valérios, com o qual ganhou a medalha de prata na Exibição Internacional de Saint Louis, nos EUA. Observem a imagem abaixo. Como reconhecimento pela sua obra, recebeu vários prêmios no Brasil e no exterior.
Os trinta Valérios, de Valério Vieira |
Sebastião Salgado
Sebastião Ribeiro Salgado Júnior nasceu em Aimorés, Minas Gerais, em 1944. Fotógrafo reconhecido mundialmente e um dos mais respeitados fotojornalistas da atualidade, destaca-se por registrar a vida dos excluídos em diversas partes do globo. Esse incansável trabalho, combinado a um olhar extremamente sensível já resulta na publicação de dez livros e a realização de várias exposições, além de uma série de prêmios e homenagens em todo o mundo.
O acontecimento que alavancaria a carreira de Salgado aconteceu em 1981, nos Estados Unidos. A serviço da Magnum, ele foi encarregado de fazer uma série de fotos sobre os 100 primeiros dias de governo de Ronald Reagan, então presidente dos Estados Unidos.
Salgado foi o único fotógrafo presente quando, no dia 30 de março, em Washington, Reagan sofreu um atentado a tiros, em Washington. O atirador, John Hinckley Júnior – mais tarde recolhido ao manicômio judicial – queria, com o fato, chamar a atenção da atriz Jodie Foster por quem era obcecado.
A venda das fotos do atentado permitiu que Salgado financiasse seu primeiro projeto de cunho autoral, uma viagem à África para registrar a relação do povo com sua terra. A partir disso, trabalhou por 15 meses com o grupo francês Médicos Sem Fronteiras, percorrendo a região do Sahel, na África, mostrando a destruição causada pela seca, o que deu origem ao livro Sahel: L'Homme en Détresse, lançado na França em 1986.
Atualmente, Salgado, que mora em Paris, dedica-se a Gênesis, projeto que desde 2004 registra o convívio de animais e pessoas com a natureza. Os resultados vêm sendo apresentados ao público em forma de exposições.
Para mais detalhes, assista a apresentação da aula: http://prezi.com/nf3exj4gbt9v/imagin-arte/
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